Paulo Freire disse que educar é repetir, mas evidente que não é fazer mais do mesmo. É encontrar novas formas de ensinar que falem da mesma lição, de uma forma diferente. É semelhante à última ceia, que traz o novo em seu ventre e fica como experiência na construção progressiva e permanente do ser social.
A última ceia traz em seu corpo espiritual o novo paradigma que se revela como semente, e ressurge no horizonte como nova finalidade.
Na educação cujo símbolo é a última ceia, professores e alunos se desdobram e nascem de novo, com novos valores, novos métodos, numa percepção na qual o ontem e o hoje se mesclam e a inovação surge como princípio. Dói muito este processo, ele é solitário e embora seja feito em conjunto, somos sacrificados e aceitamos o sacrifício porque algo maior ressurge.
Hoje devemos pensar no símbolo da cruz como sacrifício de costumes, formas arcaicas de pensar e educar, devemos deixar para trás as experiências difíceis que teimam em fragilizar nossa vontade e que delicadamente devemos sacrificar.
E assim, de ceia em ceia, ressurgindo, mudando a cada tempo como professora ou professor, deixando par trás roupas antigas, talvez e só talvez, possamos viver a educação como Paulo Freire ensinou, percebendo e implementando os estágios compreensivos de afetividade, nos quais o professor e aluno são colegas, amigos, irmãos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário