sábado, 24 de dezembro de 2016

Interrogue-se cotidianamente à moda socrática

Para viver á moda socrática, precisamos ir além das aparências das questões e olhar cada objeto, cada fato, cada pessoa, com um olhar diferente do que usamos para viver. É preciso ir além das aparências, que são enganadoras. Por outro lado, aprofundar de forma imediata, sem as chaves do caminho, será um erro, porque não temos as informações necessárias,  uma vez que ainda não  montamos a árvore interna sobre as conexões do assunto, porque o tempo ainda não é chegado. E colher os frutos de forma tão precária, nos levaria a uma compreensão errônea do que queremos estudar ou perceber.

Viver á moda socrática é buscar entender as coisas, interrogando-as com gentileza até que o signo fale ao seu coração e a lógica construa as conexões em sua mente . E neste percurso nos deparamos com  kronus e Kairós, significando que precisamos de tempo para viver as questões, percebê-las, entendê-las e ao mesmo tempo precisamos amadurecer para que nossas considerações sejam menos ilusórias.

domingo, 27 de novembro de 2016

Tempos estranhos o nosso tempo

Não vi maiores discussões sobre a decisão do STF de prisão em segunda instância. No entanto a Constituição Federal trata as cláusulas pétreas como as que não podem ser modificadas a não ser para aumentar direitos.

Digo isto porque no artigo 5 da C. Federal no inciso 57, a norma diz que ninguém será preso até o trânsito em julgado da sentença condenatória. Como uma decisão do STF derruba uma cláusula pétrea?
Cai por terra o in dubta pro réu.

Na verdade muitos juízes demoram  muito para julgar os processos e a pessoa fica em liberdade durante mais de 15 anos. Mas isto não justifica este desmando entre poderes, pois procrastinação precisa ser tratada em outro âmbito legal. Será que foi para atender a sede de sangue do povo que clama contra a corrupção? Dentro desse mito, soltaram Barrabás há 2000 anos atrás e prenderam um inocente, que foi crucificado.

Enfim, a decisão do STF  foi para aumentar direitos? De quem?

Na verdade muitas instituições faliram nos tempos atuais. Uma outra é na ausência de provas, vale os indícios. É assim que querem prender, sem provas.

Cuidado. Amanhã é alguém de nosso círculo mais próximo que pode sofrer com esta revelia.

O Estado de Direito está abalado, pois sua máxima é que a vontade pública restringe a vontade do governante. No entanto no impeachment não se contou a vontade pública.

O estado de Direito foi abalado, as cláusulas pétreas estão sob questionamento. Não há mais necessidade da prova para condenar.

Estes são alguns indícios de que a Democracia está em cheque. 


quinta-feira, 21 de julho de 2016

Começar sempre cada dia como se fosse a primeira vez!

Um dia me vi na estrada
Por caminhos que não desenhei
Obrigada a arrancar os botões internos e externos,
Abracei meu caminho, despi-me das utopias
E Segui
Caminhei com outras roupas, segui sem planos
Comprometida!
E assim sem espelho e sem lago pra me olhar
Eu segui
Caminhei, construí, desfiz tratos
Escrevi livros e
Refiz várias vezes o mesmo caminho
Sem descobrir a incoerência dos roteiros
Hoje em outras estradas, distante do ponto original,
Vejo diante de mim as casas e muros
E abro as gavetas e encontro a vida que vesti
E outras que nunca vivi
Mas tudo está ali como prova de quem fui
E de quem não sou
Meu número!
Minha história?
Está começando agora!
(Regina Moraes - 07/2016)

Qual o papel do brinquedo na vida social de uma criança?

4 em cada 10 roubos são com armas de brinquedos.
Enfim a lei é tão complexa que pelas normas do exército se for de brinquedo e atirar não é arma de fogo. É um simulacro. E pode ser vendida. E o exército disse que foi uma decisão política.
Enfim? Volto a Walter Benjamin que estudou o brinquedo como uma representação social da mente do adulto no imaginário infantil.
É importante estudar o brinquedo e não devemos nos ater ao conjunto de necessidades da criança, mas entender os desejos de afirmacao e conquista dos adultos e a invasão e sequestro que fazem da alma infantil.

Como juntos podemos pleitear um novo desenvolvimento social, político e econômico?

Estou lendo Edgar Morin em Rumo ao Abismo?
Ele traz um contraponto que precisa ser cotejado junto com conceitos da ONU de desenvolvimento sustentável, propostos em 1972.
"Desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades dos seres humanos da atualidade, sem comprometer a capacidade do planeta para atender as futuras gerações".
Mas quem são estes seres humanos que precisam ter hoje suas necessidades supridas, bem como suas gerações futuras? Me parece, pelo que estou lendo, que são as populações reconhecidas e que hegemônicamente detém o poder, bem como seus descendentes.
O filósofo Heidegger afirma que a origem do que hoje acontece está no futuro, ou seja as populações excluídas têm a percepção do que as aguardam no futuro e que não há desenvolvimento possível para elas, nem hoje, nem no futuro.
Precisamos atender ao apelo filosófico de Heidegger, precisamos repensar a vida no planeta, precisamos de um novo desenvolvimento. Não precisamos de desenvolvimento sustentável, nos moldes do Capitalismo do Ocidente.
Chega de exclusão!
É preciso ler, cotejar conceitos, sem ideologias pré-concebidas. É preciso identificar uma Teoria do Conhecimento em torno deste tema, é preciso perceber os aspectos federativos contidos nos cacos do caos.

A escola laica e o papel do professor na formação de uma pluralidade ideológica

Há uma discussão atualmente sobre a escola sem partido ou sem ideologia. 
Na minha visão de professora, ao aluno deve ser dada a possibilidade de ler vários autores dentro de um tema. Por exemplo ler Marx, Heidegger, Bauman, Freire, Edgar Morin, Touraine, Engels, Sennett, Levy. 
O aluno deve aprender a debater idéias diferentes e aprender a se comportar democratimente no debate. Na sociabilidade surge a mente crítica e a democracia, por este motivo  a plualidade de idéias deve ser o pano de fundo do aprendizado acadêmico. A escola laica, é a que prepara para o exercício da cidadania,para a pluralidade político ideológica e para o surgimento de um Estado laico.
O professor não deve levar sua ideologia para a escola e trabalhar a tudo através do seu viés pessoal. o professor deve construir com os alunos uma Teoria do Conhecimento que permita ao aluno sair da sujeição e da reprodução maniqueísta que o afasta do exercício de uma mente crítica.. 
Cabe - nos levar o aluno a pensar. Estimulá-lo a ler vários autores. E conduzir os debates, guiando-os através de suas leituras. O problema é que as vezes, desculpem - me, o professor desconhece a rica bibliografia sobre um assunto. Não sabe conduzir debates e se perde.
Escola sem ideologia significa escola que ensina a pensar e orienta para alem dos antigos marcos ideológicos pessoais. 
Um dos fundamentos da República Federativa do Brasil é o Pluralismo Político, que simboliza a nossa diversidade político ideológica. O artigo da Constituição Federal nos garante esta pluralidade ideológica, fundamento de um Estado laico. Temos hoje 35 partidos registrados na Justiiça Eleitoral, representando as ideologias que convivem em solo brasileiro. Talvez esta configuração possa ser um exagero.  
Por este motivo, o professor não precisa reduzir a aula a sua própria ideologia, mas deve enriquecer a discussão sobre os assuntos, apresentando as principais versões, teorias, opiniões, ideologias e perspectivas sobre o assunto. 
O Estado laico começa na escola com o professor atento a formação de uma mente crítica.
Como afirma a professora de Teatro Beatriz Nogueira Junqueira "não se deve dar o peixe, mas ensinar o aluno a pescar"

terça-feira, 5 de julho de 2016

Booling com criança não.

E o booling com crianças não cessa. Somos uma sociedade que para crescer precisa diminuir o outro.
Além dos jornalistas José Simão e Ricardo Boechat, hoje me deparo com o booling do caricaturista Chico, no Jornal O Globo de hoje. Todos com a figura do filho do presidente interino Michel Temer.
Não sei porque lembrei de um fato triste que aconteceu com uma pessoa cujo nome não me lembro e que foi torturado pela ditadura junto com seu filho pequenino. Contam que foi terrível o que o menino sofreu. O pai escreveu um livro contando os fatos e lançou o livro. Logo depois o menino hoje um rapaz, suicidou-se.
Não mexa com uma criança, você não sabe o que o seu booling, ou as memórias dos fatos vão fazer com ela.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Eduquemos as crianças para que surja uma relação de gênero menos deturpada.

Minha luta pela educação não é parcial. Por este motivo eu ouso dizer que eu estou na rua "pela educação de todos eles e elas".
Na minha visão as falhas educacionais são de homens e mulheres. Eduquemos as crianças para que surja uma relação de gênero menos deturpada.
Precisamos ensinar aos meninos a serem homens inteligentes, fortes moralmente, corajosos, mas não machistas. Precisamos educar as mulheres a serem generosas, a terem compaixão, a saberem ouvir. Elas não precisam achar que expor seus seios na avenida Paulista é ser independente e autônoma. E depois de cada gênero aprender, poderemos começar de novo e ensinar as habilidades do outro gênero , para que sejamos indivíduos omnilaterais.

Na rua pela educação deles e delas.
Mas estou ciente de que o axioma da educação no atual mundo capitalista é a articulação conjunta do patriarcado e da acumulação de bens. E recorro à História e à Antropologia para defender a minha Tese de união entre capitalismo e patriarcado (fundador do machismo) nas bases atuais da educação . Friedrich Engels em seu livro "a origem da família da propriedade privada e do Estado " mostra que acumulação de bens e patriarcado (fundador do machismo) nasceram juntos.
Portanto se quisermos discutir o patriarcado vamos ter que discutir a acumulação de bens.
Se considerarmos que Engels carrega um tom muito ideológico, podemos optar por estudarmos o assunto em Morgan (1818 - 1881) - que é considerado um dos fundadores da antropologia moderna, que fez pesquisa de campo entre os iroqueses, de onde retirou material para sua reflexão sobre cultura e sociedade.
Não se pode falar em educação sem conhecer a Antropologia que tem orientado nossas escolhas.

Na rua por elas e por eles e por uma educação dos gêneros que ensine a pensar e a pesquisar.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Culturas e subculturas no Brasil

O Brasil é um país de grande diversidade cultural. Temos várias culturas ou subculturas, que são reconhecidas, outras não, mas são culturas dentro da cultura brasileira.
Um exemplo simples: convido os alunos da Unicarioca a lerem de Guimarães Rosa o livro "Grandes Sertões: Veredas" e a fazerem uma resenha. Único romance de Guimarães Rosa, o livro foi escrito contemplando a linguagem nordestina, e se você não é letrado na cultura nordestina, terá imensa dificuldade em ler, entender e resenhar a obra.
Digo isto porque até hoje leio a obra entre espanto e resignação e confesso que teria que fazer um curso de tradução para entender o universo lógico e gramatical do povo nordestino e sua cultura brasileira, tão diferente da minha. Há uma multiculturalidade no Brasil que deveríamos reconhecer.
O interessante na percepção de culturas, não é o número de pessoas, mas os laços racionais que os unem. Por exemplo duas pessoas em pé numa esquina não determinam a existência de uma cultura. Mas duas pessoas confinadas em uma ilha concebem consciente e inconscientemente laços determinantes para a formação de uma cultura. O que os une são as crenças, as lacunas, o conceito idêntico de vida, os costumes, as aspirações e os ideais ou as ausências disto tudo.
Existem muitas culturas ou subculturas na cultura brasileira e é preciso reconhecê-las para que não se isole o que não conhecemos, ou se negue a sua existência, isolando-os para sempre.
Fico com Platão que afirma: " O homem (sic) isolado é um animal ou um deus".
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segunda-feira, 30 de maio de 2016

A educação deve ser OMNILATERAL

De acordo com minha experiência, não há educação unilateral, ou seja a educação deve contemplar a diferença e abrir debates em sala de aula para que todos possam se expressar, socializar idéias e aprender com todos uma nova forma de ser, pensar, conhecer e fazer. A educação deve ser OMNILATERAL
É preciso que todos possamos debater de forma integral que homens e mulheres queremos ser em sociedade.
Trata-se de campo ético. Sócrates - século V A.C. afirmava que "não existe ninguém que tenha a infelicidade como propósito de vida" .

Penso que a tarefa do próximo século, perante a mais terrível ameaça que a Humanidade conheceu, vai ser a de reintegrar os deuses.»
[André Malraux, A propósito do século XXI – L’Express, 21 de Maio de 1955]
O século XXI será espiritual ou não será!

domingo, 22 de maio de 2016

O povo não quer só arte pra ver o artista cantar ou fazer um filme, o povo quer arte pra ver seu filho fazendo um filme

Olha a força política dos artistas brasileiros: conseguiram reverter uma determinação do novo governo.
Então, peço como cidadã que de agora em diante não existam mais subsídios a projetos para financiar artistas para cantarem ou para financiar filmes para atores se promoverem.
Minha sugestão é que artistas e Ministério da Cultura invistam em projetos sustentáveis de arte, levando empregabilidade aos jovens pobres com projetos de cinematografia, circo, cinema, teatro que os ensine a fazer cultura unindo trabalho, lazer e cultura como preconiza Domenico de Mazi. Esses jovens têm tempo livre demais, muito ócio; segundo conceito de de Mazi.
Os jovens estão há muito tempo sem projetos de formação política e cultural. A ocupação é uma forma de inserção na política.


Mas deveriam haver outros projetos culturais como os que citei acima. E os governos não têm olhado por este ângulo. Nenhum deles. Falo porque fiz desta forma e sei que é possível levar a uma reflexão crítica e política, através de trabalho, lazer e arte.  Eu queria ver nossos artistas se envolverem juntos em trabalhos como estes, já que estamos falando de uma cultura na qual há fome, pobreza, uma cultura onde temos pedofilia, tráfico de crianças, uma cultura sexista. Mas este projeto cultural de mudança nas formas de existir em sociedade, dá trabalho. E o principal, olha pra fora, para as necessidades das famílias desabastecidas, olha para as carências da população infantil pobre.
O povo não quer só arte pra ver o artista cantar ou fazer um filme, o povo quer arte pra ver seu filho fazendo um filme, tocando um instrumento, fazendo teatro. O povo quer pão, comida e quer segurança e quer suas crianças em segurança. Arte, conforme estes artistas da atualidade concebem dá, antes de mais nada, dinheiro ao artista e projetos culturais como estes abaixo, dão vida ao povo.

E é uma pena este levante todo dos artista brasileiros  em prol de uma cultura instrumental voltada para si mesmo. Há um outro tipo de cultura  de compartilhamento, na qual se pode  incentivar a empregabilidade de jovens da periferia. Projetos culturais de cinematografia para jovens pobres, por exemplo. E não me digam que é difícil ou impossível. Eu já fiz isto junto com dezenas de professores. E éramos pessoas desconhecidas, sem nenhum subsídio público ou privado, mas éramos apaixonados pela Cultura, Cidadania e Educação. 

quinta-feira, 19 de maio de 2016

O conceito de banalidade do mal em Hannah Arendt

"A humanidade e a competência do ser humano no trabalho devem sempre ser tratados como um objetivo a ser progressivamente alcançado, nunca um simples meio no alcance de resultados " . (parafraseando Immanuel Kant)


O nazismo não foi obra de um louco ou de um psicopata, segundo Hannah Arendt o nazismo foi obra de uma sociedade que banalizou o mal. Ela afirmava que o Estado nazi — não tinha nada de “demoníaco”, e nem de “psicopatológico”, mas era produto ou consequência do “consentimento” dado por homens e mulheres completamente “normais. Eu afirmo que dizer que Hitler e os nazistas são loucos é banalizar o mal.

"Na visão de Hannah Arendt (...) Eichmann era “uma pessoa completamente normal” (sic), no seguimento da ideia segundo a qual o Estado nazi — segundo Arendt — não ter nada de “demoníaco”, e nem ser, pior ainda, “psicopatológico”, mas, em vez disso, ser apenas — segundo Arendt — o produto ou consequência do “consentimento” dado por homens e mulheres completamente “normais, tal como  Eichmann”.(Em Hannah Arendt e o seu conceito de banalidade do mal.
Para Hannah Arendt,  qualquer pessoa que se recuse a assumir a responsabilidade coletiva pelo mundo não deveria ter crianças e é preciso proibi-la de tomar parte na educação".

Peter Berger, um sociólogo judeu estudou "a sociedade no homem " mostrando o que ele chamou de processo de criação de marionetes e também sublinhando que esta restrição educativa pode ser vencida pela crítica. Ou seja a sociedade aprisiona, mas o indivíduo pode se libertar e ganhar autonomia, através da crítica, num processo individual de interiorização, percepção e crítica.

O sociólogo francês Emile Durkheim falou algo semelhante quando descreveu os processos culturais como fatos sociais e conceituou que, em sociedade, estes fatos são como pedra sobre as pessoas, e através de uma educação confinada formam-se reprodutores ideológicos, marionetes de uma crença. Estes indivíduos assim forjados não são bons nem maus, são marionetes, robôs a serviço de uma ideologia.

Paulo Freire chamava de educação bancária a voltada para criar reprodutores sociais, capados de pensamento critico.

domingo, 15 de maio de 2016

O significado de Teleologia

Para mim, o significado de Teleologia em versos, poderia ser este. É a História sendo construida a muitas mãos.
Ninguém tem culpa
daquilo que não fomos.
Não ouve erros.
Nem cálculos falhados.
Sobre a estipe de papel;
Apenas não somos os calculistas.
Porem os calculados.
Não somos os desenhistas.
Mas os desenhados.
E muito menos escrevemos versos.
E sim somos escritos.
.....
Autor: (Paulo Bonfim)
Fernando Pessoa explica: Eu sou uma tela em branco e oculta mão colora a vida em mim".

Sobre o Conceito de História (Walter Benjamin):

Precisamos de um pouco ou muito de Filosofia, hoje e sempre. E a Filosofia nunca traz paz ao coração, traz indagações, que não cessam; traz desassossego que acelera o coração; traz a dúvida que nos torna menos dogmáticos.
Sobre o Conceito de História (Walter Benjamin):
"O anjo da história, o seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. 

Essa tempestade é o que chamamos progresso".



Dez Erros do líder, ou seja, tudo o que um líder não deve fazer:


1. Não compartilhar o poder
2. Não dar autonomia à equipe
3. Não ouvir
4. Não dialogar
5. Não transmitir confiança
6. Não se desculpar
7. Não perdoar
8. Diante dos erros cometidos não rever as suas posições
9. Não avaliar as consequências dos atos praticados
10. Não aceitar críticas e como consequência não assumir na integralidade que errou e assim, não mudar sua forma de ser, pensar e fazer


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

A piada que circula na Internet: Nasce um costume resultado da convivência espontânea no Facebook

Há uma piada circulando na Internet  sobre uma jovem no Paraná, que conquistou na justiça o direito de receber pensão do ex-namorado por conta do status no Facebook. 

A piada relata o caso em que um  juiz de nome Antonio Nicolau Barbosa Sobrinho tomou como base os perfis no Facebook, onde o casal se declarava em um “relacionamento sério”, o que configura que teriam de fato um compromisso moral entre si. 

Ressalte-se que  a piada é interessabte pois em um quadro de união estável não há necessidade de celebração do casamento civil. A ficção relata que o juiz fixou pensão alimentícia de R$ 900 e a divisão do valor de um veículo Celta, ano 2007 adquirido após o início do relacionamento. Relata também que o juiz orientou aos jovens casais que só declarem relacionamento sério nas redes sociais caso exista real desejo de constituição familiar. Segundo ele, “perfis e postagens em redes sociais podem ter o mesmo valor que uma certidão de casamento”.

Deixando de lado a ficção e a piada é bom resaltar que é assim que nasce um Costume, fonte direta ou primária do Direito. Não é certo ou errado, é o costume, fonte do Direito que nasce de forma espontânea, como resultado das relações sociais. É fruto da convivência de um grupo social e de uma prática reiterada no tempo nas relações que se establecem dentro do grupo.

Os japoneses têm uma frase  muito interessante sobre a piada:
___A piada é um furo no muro por onde a verdade passa assobiando!


Duas culturas em sala de aula: periferia e mercado

Ser professor é saber lidar com as diferenças em sala de aula e buscar que cada aluno aprenda o lado técnico da Disciplina, mas sem deixar de lado o patamar humano no qual a Disciplina se funda e que deve obrigatorimente ser passada pelo professor, sob pena de uma compreensão errada dos alicerces da profissão.
Os alunos oriundos da periferia ou de famílias de operários não têm a linguagem dos alunos que Vêm de famílias da classe média, que usam uma linguagem mais sofisticada, uma linguagem de Mercado.
O professor tem que delicadamente construir uma ponte entre estas duas culturas: cultura da periferia (que é a cultura do operário) e a cultura de mercado. A sociedade capitalista propôs de forma tácita esta divisão, onde mérito e competição são seus elementos fundantes. No entanto, um povo inteiro ao redor do.mundo - oriundos da periferia, oriundos de famílias de operários -  têm uma outra linguagem, rica em metáforas, signos. Não se pode destruir esta cultura do povo. O professor tem que delicadamente construir uma ponte entre periferia e mercado. Culturas não se comparam. Não existe certo ou errado, existe sim o adequado ou inadequado, dependendo de onde você está. Por esse motivo é preciso aprender novas formas de ser, fazer, conviver.
Hoje quando o aluno oriundo da cultura da periferia entra em sala de aula, a proposta mais espontânea é queimar a ponte e levá-los para a cultura de Mercado. E para isso a bandeira da sociabilidade (?) é a competição e o mérito. Paulo Freire rejeita isto.
Se quisermos discutir o livro "Por uma vida melhor",  vamos ter que convidar à mesa de debates as ideias do eminente professor Paulo Freire e as propostas da Professora Magda Soares em "O fracasso nas escolas".
Paulo Freire dizia que “A educação é um ato de amor” , assim nao pode ser uma farsa. Nao podemos temer o debate e nem fugir à discussão criativa, no que se refere ao fracasso escolar, porque não é ó um indivíduo que fracassa, é todo um grupo de pessoas. Deve ter algum coisa errada que deve ser entendida e soucionada.
O vídeo abaixo circula livremente pelo Facebook, razão pela qual está aqui citado. Mas considero um equívoco a crítica que fazem, pois embora sejam excelentes jornalistas, não são professores.
Sou Freireana, Sou Darcy Ribeiro, não estou sozinha.

https://www.facebook.com/rosana.fontes.184/videos/10204321346113330/