sábado, 30 de novembro de 2013

A Sociedade individualizada em Bauman e o fim do social em Alain Touraine

Zygmunt Bauman e Alain Touraine vêm estudando as implicações dos novos paradigmas da Pós-modernidade na formação social. Bauman fala da sociedade individualizada e Touraine fala do fim do social e da gênese de uma sociedade cultural.

Trazendo para o plano prático, a Pós-modernidade está aqui e agora espalhada por todos os lados e um dos exemplos  que facilita visualizar o que os autores vêem falando, são os aplicativos para chamar táxi pelo celular.

Na Modernidade era importante a formação de cooperativas de táxi que capacitavam os sócios para criar um coletivo que  partilhasse das mesmas idéias. A cooperativa formava um conjunto social, no qual a ênfase era na formação do taxista na solidariedade, cooperação, aprendizagem conjunta e ética do bem comum, que destaca o outro na nossa vida.

Na Pós-modernidade, hoje, os aplicativos de celular evidenciam não uma cooperativa de táxi, mas uma Rede, onde o participante não forma um conjunto social com os seus vizinhos. Cada taxista tem que ter uma documentação completa, uma formação adequada e sua avaliação é feita individualmente pelos clientes. É o fim do social realmente e o surgimento da Rede, que é um fenômeno cultural, formando uma sociedade de indivíduos, que em Rede não têm participação na vida uns dos outros.

A luta é individual e na Pó-modernidade exige-se uma formação cada vez mais individualizada, mais complexa, em nível cultural, evidenciando uma sociedade onde a tecnologia em Rede junta o que está separado.  Dá-se o surgimento de uma Ética  individual, sobre a qual não se tem ainda vivência sobre o tema e muito menos uma Epistemologia que nos permita  elaborar uma Teoria do Conhecimento.