quarta-feira, 8 de junho de 2016

Eduquemos as crianças para que surja uma relação de gênero menos deturpada.

Minha luta pela educação não é parcial. Por este motivo eu ouso dizer que eu estou na rua "pela educação de todos eles e elas".
Na minha visão as falhas educacionais são de homens e mulheres. Eduquemos as crianças para que surja uma relação de gênero menos deturpada.
Precisamos ensinar aos meninos a serem homens inteligentes, fortes moralmente, corajosos, mas não machistas. Precisamos educar as mulheres a serem generosas, a terem compaixão, a saberem ouvir. Elas não precisam achar que expor seus seios na avenida Paulista é ser independente e autônoma. E depois de cada gênero aprender, poderemos começar de novo e ensinar as habilidades do outro gênero , para que sejamos indivíduos omnilaterais.

Na rua pela educação deles e delas.
Mas estou ciente de que o axioma da educação no atual mundo capitalista é a articulação conjunta do patriarcado e da acumulação de bens. E recorro à História e à Antropologia para defender a minha Tese de união entre capitalismo e patriarcado (fundador do machismo) nas bases atuais da educação . Friedrich Engels em seu livro "a origem da família da propriedade privada e do Estado " mostra que acumulação de bens e patriarcado (fundador do machismo) nasceram juntos.
Portanto se quisermos discutir o patriarcado vamos ter que discutir a acumulação de bens.
Se considerarmos que Engels carrega um tom muito ideológico, podemos optar por estudarmos o assunto em Morgan (1818 - 1881) - que é considerado um dos fundadores da antropologia moderna, que fez pesquisa de campo entre os iroqueses, de onde retirou material para sua reflexão sobre cultura e sociedade.
Não se pode falar em educação sem conhecer a Antropologia que tem orientado nossas escolhas.

Na rua por elas e por eles e por uma educação dos gêneros que ensine a pensar e a pesquisar.