A Filosofia é um modo de pensar, e ao final se manifesta em um modo de existir. É uma forma de se colocar diante da realidade, diante dos problemas. A Filosofia questiona, indaga e não se acomoda diante das verdades absolutas. A Ética sendo uma parte da Filosofia se ocupa com a reflexão sobre os princípios que regem a vida moral da sociedade.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Paulo Freire - Pedagogia da Esperança
Paulo Freire comentando sobre a ideologia do descaso, que considera que o povo escolhe ser inculto, pobre e morar na rua, porque quer.
"Num primeiro momento a luta pela unidade na diversidade que é obviamente uma luta política, implica a mobilização e a organização das forças culturais em que o corte de classe não pode ser desprezado, no sentido da ampliação e no do aprofundamento e superação da democracia puramente liberal.
É preciso assumirmos a radicalidade democrática para a qual não basta reconhecer-se, alegremente, que nesta ou naquela sociedade, o homem e a mulher são de tal modo livres que têm o direito até de morrer de fome ou de não ter escola para seus filhos e filhas ou de não ter casa para morar. O direito, portanto, de morar na rua, o de não ter velhice amparada, o de simplesmente não ser.
É imperioso irmos além de sociedades cujas estruturas geram ideologia de acordo com a qual a responsabilidade pelos fracassos e insucessos que elas mesmas criam pertence aos fracassados enquanto indivíduos e não às estruturas ou à maneira como funcionam essas sociedades.
Se os garotos negros não aprendem bem o inglês a culpa é deles, de sua incompetência "genética” e não da discriminação a que são submetidos, de raça e de classe, e não do elitismo autoritário com que se pretende impor o "padrão culto”, elitismo, no fundo, irmão gêmeo do desrespeito total ao saber e ao falar populares.
É o mesmo que ocorre no Brasil, Os meninos e as meninas dos morros e dos córregos não aprendem porque são, de nascença, incompetentes.
Estes foram alguns dos temas debatidos em Pedagogia da Esperança, por Paulo Freire.
Carl Gustav Jung - Nascemos originais e morremos cópia
A vida em sociedade constitui-se em um paradoxo da informação, neste sentido Jung dizia que todos nós nascemos originais e morremos cópias - mimese mútua eu diria. No aprendizado colaborativo findamos por acabar parecidos uns com os outros.
Mas para aprender uns com os outros, uma boa dose de amor é necessária, e com amor o processo de aprendizagem fica mais fácil, pois quando se admira, se respeita alguém, quer-se absorvê-la, imitá-la, copiá-la. E assim, nesta troca aprende-se a amar verdadeiramente, pois onde o amor cresce, o desejo de poder minimiza-se; ao contrário onde o poder predomina, há falta de amor. "Um é a sombra do outro" diria Carl Gustav Jung.
Só com amor seremos cópias mais fortes uns dos outros, com mais tinta e poderemos impregnar a vida uns dos outros com novas cores, mais brilhantes.
Ao final de todo esse processo de aprendizado mútuo - filosoficamente falando - um dia seremos UM.
Mas para aprender uns com os outros, uma boa dose de amor é necessária, e com amor o processo de aprendizagem fica mais fácil, pois quando se admira, se respeita alguém, quer-se absorvê-la, imitá-la, copiá-la. E assim, nesta troca aprende-se a amar verdadeiramente, pois onde o amor cresce, o desejo de poder minimiza-se; ao contrário onde o poder predomina, há falta de amor. "Um é a sombra do outro" diria Carl Gustav Jung.
Só com amor seremos cópias mais fortes uns dos outros, com mais tinta e poderemos impregnar a vida uns dos outros com novas cores, mais brilhantes.
Ao final de todo esse processo de aprendizado mútuo - filosoficamente falando - um dia seremos UM.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Hegel - Entre Resultados e Processos
Hegel dizia que avaliar o processo é tão importante quanto avaliar o resultado, pois resultados são cadáveres que o processo em suas várias trajetórias deixa para trás. No resultado você olha para uma variável que restou ali imóvel em sua in-completude. Mas quando você observa o processo que fez chegar aquele resultado você inclui mais variáveis, mais responsabilidades.
Digo isso ao refletir - no campo ético – sobre o que aconteceu na Rocinha envolvendo abuso de menores. Se olharmos o resultado, condenaremos os pais, as mães, o cabeleireiro e até as meninas. Mas olhando o processo teremos que avaliar as práticas do governo e da sociedade como um todo, e neste ponto nenhum de nós pode deixar de ser chamado para falar de sua contribuição nesse quadro.
Uns dirão, não tenho nada com isso, estes – certamente - abandonaram o barco há muito tempo – este que ficou à deriva. Outros ainda dirão: O que eu poderia ter feito? E o certo é que a esfinge continua esperando de cada um uma resposta e o tempo está passando e temos que juntos descobrir o enigma.
Digo tal qual Saramago:
“O destino, isso a que damos o nome de destino, como todas as coisas deste mundo, não conhece a linha reta. O nosso grande engano - devido ao costume que temos de tudo explicar retrospectivamente – é pensar no destino como uma flecha apontada diretamente a um alvo que, por assim dizer, a estivesse esperando desde o princípio, sem se mover. Ora, pelo contrário, o destino hesita muitíssimo, tem dúvidas, leva tempo a decidir-se”
Digo isso ao refletir - no campo ético – sobre o que aconteceu na Rocinha envolvendo abuso de menores. Se olharmos o resultado, condenaremos os pais, as mães, o cabeleireiro e até as meninas. Mas olhando o processo teremos que avaliar as práticas do governo e da sociedade como um todo, e neste ponto nenhum de nós pode deixar de ser chamado para falar de sua contribuição nesse quadro.
Uns dirão, não tenho nada com isso, estes – certamente - abandonaram o barco há muito tempo – este que ficou à deriva. Outros ainda dirão: O que eu poderia ter feito? E o certo é que a esfinge continua esperando de cada um uma resposta e o tempo está passando e temos que juntos descobrir o enigma.
Digo tal qual Saramago:
“O destino, isso a que damos o nome de destino, como todas as coisas deste mundo, não conhece a linha reta. O nosso grande engano - devido ao costume que temos de tudo explicar retrospectivamente – é pensar no destino como uma flecha apontada diretamente a um alvo que, por assim dizer, a estivesse esperando desde o princípio, sem se mover. Ora, pelo contrário, o destino hesita muitíssimo, tem dúvidas, leva tempo a decidir-se”
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