quinta-feira, 19 de maio de 2016

O conceito de banalidade do mal em Hannah Arendt

"A humanidade e a competência do ser humano no trabalho devem sempre ser tratados como um objetivo a ser progressivamente alcançado, nunca um simples meio no alcance de resultados " . (parafraseando Immanuel Kant)


O nazismo não foi obra de um louco ou de um psicopata, segundo Hannah Arendt o nazismo foi obra de uma sociedade que banalizou o mal. Ela afirmava que o Estado nazi — não tinha nada de “demoníaco”, e nem de “psicopatológico”, mas era produto ou consequência do “consentimento” dado por homens e mulheres completamente “normais. Eu afirmo que dizer que Hitler e os nazistas são loucos é banalizar o mal.

"Na visão de Hannah Arendt (...) Eichmann era “uma pessoa completamente normal” (sic), no seguimento da ideia segundo a qual o Estado nazi — segundo Arendt — não ter nada de “demoníaco”, e nem ser, pior ainda, “psicopatológico”, mas, em vez disso, ser apenas — segundo Arendt — o produto ou consequência do “consentimento” dado por homens e mulheres completamente “normais, tal como  Eichmann”.(Em Hannah Arendt e o seu conceito de banalidade do mal.
Para Hannah Arendt,  qualquer pessoa que se recuse a assumir a responsabilidade coletiva pelo mundo não deveria ter crianças e é preciso proibi-la de tomar parte na educação".

Peter Berger, um sociólogo judeu estudou "a sociedade no homem " mostrando o que ele chamou de processo de criação de marionetes e também sublinhando que esta restrição educativa pode ser vencida pela crítica. Ou seja a sociedade aprisiona, mas o indivíduo pode se libertar e ganhar autonomia, através da crítica, num processo individual de interiorização, percepção e crítica.

O sociólogo francês Emile Durkheim falou algo semelhante quando descreveu os processos culturais como fatos sociais e conceituou que, em sociedade, estes fatos são como pedra sobre as pessoas, e através de uma educação confinada formam-se reprodutores ideológicos, marionetes de uma crença. Estes indivíduos assim forjados não são bons nem maus, são marionetes, robôs a serviço de uma ideologia.

Paulo Freire chamava de educação bancária a voltada para criar reprodutores sociais, capados de pensamento critico.

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