E no longo percurso do caminho
Fui me desdobrando,
Me desfazendo e recompondo
Não sou quem fui
Nao sou só quem sou
Centenas de eu’s
Profundos ou rasos
Me tornam inteira
E em cada soleira,
Em cada beira,
Desdobro de novo.
Sigo o conselho de Adélia,
Sou desdobrável!
Tal qual Clarissa,
pouco amável.
E nas beiras e cantos, encontro pedaços
Meus, seus e de outros, Histórias!
Pura antropofagia!
E me componho em uma nova sinfonia.
Que ironia!
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