sexta-feira, 22 de abril de 2022

Na América, brancos, negros e indígenas somos descendentes dos vencidos.

Paulo Freire dizia que “ensinar é pesquisar”. E continuando nesta linha de pensamento freireano é possível inferir que pesquisar é entender que o conhecimento é mutilado, parcial e contraditório e que existem muitas partes e que nenhuma metodologia, método, técnica, tecnologia, plataformas, currículos devem ser vistos de forma absoluta. Devemos estudar, pesquisar sempre tudo o que aparece no radar, pois precisamos de lucidez crítica uma vez que nossas habilidades são sempre parciais. Não devemos ser absolutistas em nada!

Deixemos aos reis e padres Renascentistas o aforisma do Absolutismo, que nos impingiu a história europeia dos vencedores, mas nós na América, brancos, negros e indígenas somos descendentes dos vencidos.

Nós professores e professoras temos que pesquisar muito, todo dia, toda aula, pois cada sala presencial ou remota pode ser vista com novos sentidos a cada dia.
Se não atravessamos o mesmo rio duas vezes, é porque certamente mudamos todos os dias. Como então querer um Currículo fechado, padronizado? Único?

Paulo Freire dizia que em cada aula entrava com apenas 50% do Currículo, por ele visto e estudado de forma integral e que os outros 50% ele descobria junto com os alunos, como abordar e alcançar os resultados do conhecimento planejado. Por este motivo foi tão importante a formulação de ensinar é pesquisar.

Parafraseando Adorno, da Escola de Frankfurt, é preciso nos exilarmos da prática geral, buscarmos uma dialética negativa para exercitar o pensamento que a práxis revolucionária - educacional e pedagógica - necessita. Nenhum conhecimento deve ser visto de forma absoluta, única.

Obs: o trecho abaixo é de Bauman.


 

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