terça-feira, 8 de dezembro de 2020

O imaginário infantil e o brinquedo

 Walter Benjamim, filósofo judeu do século XX, falava do imaginário  infantil e de como este é cooptado pelo adulto, na fabricação do brinquedo. A verdade é que no mundo infanto-juvenil o imaginário não é  preenchido pelas crianças e jovens, que quando criam sonhos, pistas e castelos imaginários, o fazem  com os artefatos criados pelos adultos, o que exige do adulto uma transparente  responsabilidade ética.

Essa discussão hoje precisa recair sobre a narrativa inventada pelo adulto sobre "kid digital influencer". A questão é o apelo à criança e ao jovem para serem influenciadores digitais em troca de dinheiro e produtos para os adultos, que esvaziados de sentido, recorrem ao imaginário infanto-juvenil, "ainda em formação".

 Este debate precisa ser feito, há riscos nessa exposição descompromissada, pois as habilidades cognitivas da criança e do jovem estão em pleno desenvolvimento  de valores e dependem de uma convivência protetiva, progressiva e afetiva com os adultos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário