A Pós-Modernidade e as relações de Mercado: uma história de ficção?
Folheio atenta o Jornal e paro em uma afirmação bem cartesiana, ou seja, sem as junturas do Todo. Pergunto-me então: Será que em Descartes está a protoforma da Pós-Modernidade, com sua visão tão individualizada da coisa pública?
Eis o que li:
A Prefeitura do Rio contratou através da Ong Tesloo - (atualmente sob intervenção devido ao escândalo com Rodrigo Bethlem) - a Infornova Ambiental Ltda, que pasmem era a antiga Locanty Comércio e Serviços, que esta sob investigação do Min. Público Federal sob suspeita de fraudes em licitação.
Trocou de nome e através da Ong Tesloo presta serviços à Prefeitura.
Meu espanto como professora e cidadã se dá pela afirmação da Prefeitura:
"Contratei a Ong, mas não vou interferir na escolha de firmas contratadas pela Ong" .
Bom, uma lição que os administradores recebem em seu primeiro dia de aula é que hoje a empresa em Rede trabalha com "stakeholders" , que são por exemplo os terceirizados, quarteirizados. E que a Empresa é sim responsável por todos os nós da Rede, sob pena de se instalar uma anomia, na ausência de uma gestão unificada.
Eu afirmo: Na Pós Modernidade o individualismo será o calcanhar de Aquiles da Ética, e se precisará de bons ADMINISTRADORES, humanos, assertivos, competentes, éticos, com exemplaridade moral.
Talvez deva-se falar aqui no "panóptico" de Jeremy Bentham (1785), pois em tempos de pós-modernidade, a vigilância talvez abra caminhos para uma virtude ética no Mercado. O gestor e o vigia - como um tema integrado - será o desafio para a nova fronteira, com ética nas organizações e no Mercado.
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