A relação sociedade-indivíduo significa que os valores que estão vigentes formam a mente do ser humano e, dentro desta premissa, todo o seu raciocínio recebe influências dos valores, das crenças que conformam a sociedade. Ou seja a mentalidade do indivíduo é social, assim não é o sujeito que é escravista mas a sociedade que o educou.
Dentro deste pensamento no entanto, cabe uma reflexão, pois o indivíduo também forja a sociedade em que vive. Um exemplo desta relação podemos ver a partir do momento em que a sociedade, por questões econômicas deixou de ser escravista. Não foi uma opção moral, nem ética dos grandes empresários. É certo que havia um clamor no mundo sobre a igualdade, fraternidade e liberdade, mas foram os novos paradigmas econômicos que empurraram a sociedade para as novas fronteiras de "liberdade" (?!).
Como não foi uma reforma mental ética, podemos afirmar que hoje a sociedade deixou de ser escravista, mas uma grande maioria de indivíduos continua submetendo muitas pessoas aos seus preconceitos, sujeitando pessoas, escravizando de outras formas, pelo salário, pelo apadrinhamento de amigos, em detrimento da competência, explorando a seu bel prazer a condição humana, a partir de todas as formas de preconceitos, identidades, diferenças e sujeição..
O indivíduo pode mudar a sociedade em que vive, mas é preciso que se continue a lutar por uma reforma mental, a partir de uma ética que se incorpore em todas as estruturas sociais e mentais. Mas isto leva tempo, no entanto dar o primeiro passo é mais da metade do caminho.
Dentro desse contexto, fico com a frase do poeta: Viver em sociedade sem desenvolver senso de humor, é ruim, mas é pior viver numa sociedade em que se tenha de ter senso de humor para viver.
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