domingo, 20 de setembro de 2015

A redução da maioridade penal


Há muitos anos que se diz que se empregam jovens e crianças na prática de ilícitos, porque, se apreendidas, a lei determima que elas não sejam tratadas como adultos, e como consequência desta leniência da lei, o crime as contrata e elas aceitam participar dos expedientes criminosos.
No entanto, existem dois erros nesta análise do senso comum, que graça sem rodeios na sociedade.
1o. A afirmação significa que os criminosos protegem o adulto jovem, não o empregando, preferindo crianças e adolescentes pois a lei não os criminaliza. Criminosos com consciência? Sabemos que isto é uma aporia socrática.
2o. A verdade é que o crime escolhe e emprega uma mão de obra mais barata, independente de qualquer coisa. Economia!!!!
E o leilão continua a preço baixo, a carne é de quem chegar primeiro. Se o Estado ou a Sociedade Civil chegarem primeiro, a educação vence o jogo. Se o tráfico de droga chegar primeiro, ele leva a carne privada, conceito criado pela assistente social Liza Kiara, ou seja carne transportada em um navio negreiro pós -moderno, a preço baixo. Economia de Mercado.
E é por este motivo que considero que o índice de criminalidade infantil e juvenil não vai diminuir, com novas leis de redução da idade penal. O mercado vai continuar existindo a preço baixo. 
O resultado é que o Estado vai vigiar e punir nas lacunas da anticonvivência e descaso social .O navio negreiro vai seguir com a carne privada a baixo custo. A diferença é que o Estado está saindo do leilão e há - neste assunto - um encolhimento da sociedade civil.

http://marianareina.jusbrasil.com.br/artigos/151861477/a-terceirizacao-do-sistema-prisional-no-brasil

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