quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Consumo alienado Capitalismo e poesia

Quando observamos nas vitrines das lojas de marca ou nas vestes dos indivíduos que passam por nós, as  calças jeans rasgadas, que certamente foram compradas por um preço bem acima dos padrões correntes de consumo, nos perguntamos:  como alguém - que não vive na pobreza - veste este tipo de roupa, que até bem pouco tempo era um signo da pobreza?

A resposta que vem à mente é que o Capitalismo selvagem copia até a pobreza do indigente, que só tem o direito de existir em sua pobreza, se for para alimentar o consumo alienado da sociedade  capitalista.

Creio que foi Cecília Meireles quem escreveu um conto sobre uma pobre menina rica invejosa. Parafraseei o final do conto, que ficou  assim:

 "A menina morava na mesma rua que eu, do outro lado, em frente à minha casa. Eu era muito pobre e ela era muito rica e tudo o que eu vestia ela copiava: as sandálias de borracha, as roupas simples. A pobre menina rica era tão invejosa, tão invejosa, que invejava até a minha pobreza.


Esta é uma  história deste tempo de Capitalismo avançado e consumo alienado. Mas não somos marionetes, somos indivíduos com consciência e sabedoria.

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