quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Tudo o que não se regenera se degenera


Fazendo uma parábola no tempo, e aportando em 1997, Guy Debord[1] em A sociedade do espetáculo apresenta a sociedade como sistemas centrados na tecnologia, onde o isolamento fundamenta a técnica.

 O que liga os espectadores é apenas uma ligação irreversível com o próprio centro que os mantém isolados. O espetáculo reúne o separado, mas o reúne como separado” (DEBORD, 1997).

      Estamos sós  e não há volta do momento em que estamos vivendo e pode-se tecer o melhor caminho com nossas individualidades? “individualmente, nós resistimos; individualmente eu caio” (BAUMAN)[2].

Nas organizações do espetáculo, a supressão da personalidade acompanha as condições da existência - submetida às normas espetaculares – cada vez mais afastada da possibilidade de conhecer experiências autênticas, e por isso de descobrir preferências individuais (DEBORD, 1997). Para progredir é preciso encontrar a fonte geradora. Para se manter o que se conquistou é preciso incessantemente regenerá-lo. Para cada um e para todos, para si mesmo e para outrem, no amor e na amizade, no passar dos anos, é preciso a regeneração permanente. Tudo o que não se regenera se degenera[3] (MORIN, 2004).



Estamos vivendo uma revolução que preside o surgimento de uma nova época. Tomara que encontremos o caminho cooperativo, colaborativo, o caminho comunitário, pois individualmente vamos mais rápido, mas juntos vamos mais longe!.



[1] A Sociedade do Espetáculo – Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 1997
[2] A Sociedade Individualizada
[3] MORIN, Edgar. Em busca do tempo perdido, Editora Sulina

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