É bom trazer os filósofos, professores, Mestres de todos os tempos, para uma interlocução e reflexão quanto às questões da Pós-Modernidade, com seu individualismo e competição exacerbados.
Arendt nos fala da condição humana, do sujeito sujeitado à cultura, cuja consciência é aprendida. Numa sociedade individual, este sujeito - num paradoxo temporal - tende a libertar-se das amarras da cultura e segue isolado, como um herói.
Já Bauman fala das vidas contadas e vidas vividas e descobrimos que as vidas contadas moram na nossa alma e que por ouvi-las, nos tornamos sujeitados a ela. Se estamos vivendo o fim do mito da caverna e se não existem verdades fora dela e nem dentro, então é hora do salto ás estrelas, para deixarmos brotar em nós as vidas vividas, com direito a errar e a começar de novo. Certamente um novo indivíduo, pós-moderno, um sujeito individual pronto a viver sua história.
Neste cenário Pós-moderno, Morin fala do salto às estrelas, promovido pela imersão na cultura, ou seja o local do impulso para as vidas vividas são as vidas contadas.
O que assusta é que chegamos à Pós- Modernidade com um sujeito individual, autônomo, competitivo, que se libertou, não quer saber de grupos e segue o seu destino. Segue isolado em seu conhecimento, muitas vezes fundamentalista. A Sociedade industrial o decepcionou e ele quebrou as correntes e também está pronto para o salto de forma isolada.
O intrigante é que o professor Paulo Freire fala que os seres humanos só se libertam em comunhão. E agora? Como desvendar este mistério?
Estamos diante de uma aporia?
aporia - dúvida, impasse, incerteza.
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