terça-feira, 10 de março de 2015

As fantasias ou ídolos da mente - as novas e velhas cavernas


O mito da caverna continua muito atual quanto a compreendermos nossa forma de pensar e existirmos de forma conjunta. A caverna representa a nossa atitude mais dogmática, na política, no trabalho, em sociedade. Representa aquele nosso lado humano que se recusa a crescer, que não dá ouvidos a uma nova forma de existir, de ser, aprender e pensar. A caverna carrega muitas verdades que não servem mais, são formas alienadas de pensar, que nos oprimem e ao mesmo tempo oprimem o relacionamento interpessoal.

Quase humanos, na fronteira de um novo salto, o signo da caverna mostra seres em evolução presos a uma caverna, da qual evitam sair para a vida. Há na imagem uma pureza, uma inconsciência dos fatos e a hesitação às vezes pode ser uma bênção. Porém, neste ponto do amadurecimento moral, não é benéfica, porque ultrapassa os sentidos da reflexão, da paciência, da sabedoria. 

Chega um momento em que é preciso dar o salto qualitativo para uma nova forma de pensar e certamente novas cavernas nos aguardam, mas já sabemos que somos seres em permanente evolução.

Parafraseando Francis Bacon, as cavernas são as roupas, ídolos  ou fantasias da mente que deixamos para trás.

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